sexta-feira, 1 de abril de 2011 3 comentários

Amar Pode Dar Certo (Para Mim Também)

Sou o que “soou” nos trechos do livro que li. Cada linha, um tapa na cara. Mas um tapa colaborativo, educativo, até. Sem qualquer apologia à violência, senti-me despido e surrado como um escravo no tronco; no tronco da escravidão do amor. E gostei. Gostei porque não houve “dor” física; tampouco espiritual. Se houve dor, chamou-se consciência. E isso precisamos carregar todos os dias. Um preço pelo livre arbítrio. Devemos amar, amor; calar, calor... Viver sem medo. Sem medo da dor. Porque só não sente dor quem não pode fazer mais nada. 

Então é isso. As luzes se apagam, os sons silenciam, tudo pára. E nesse hiato, a vida transcende. Isso não me surpreende. Um dia, a gente aprende. Não se arrepende. De nada. De nada do que fez. É tentar novamente. É tentar outra vez. Devo seguir a luz? Ou buscar a escuridão? Sinto a necessidade de continuar. Meu momento chegou? Acho que não. É tempo de re-amar. Re-animar. Dar alma ao corpo morto da frieza de coração. Por que fazer-se de morto, ao lado da emoção? Porque escutar o silêncio do cérebro, quando ainda bate o coração? Assim era eu, então. Emoções nulas; pura razão. Mas não era insensível. Tinha a sensibilidade de um artista... realista: determinista, materialista amoroso, negativamente humano e - apesar de me considerar um dos últimos românticos - fugia totalmente de seu subjetivismo.

Tinha lá minhas razões. Sempre as temos. E as tememos. Por isso encarei o curso "Desenvolvimento da Percepção Sensorial", com Ronaldo Peixoto/AL. E, para minha surpresa, foi-me dada oportunidade de ler um livro que achava “piegas” (puro preconceito, claro!). Mas as mensagens dele pareciam ter sido escritas por mim (nos velhos tempos). E, como fazemos parte de um todo energético, sei que algumas (senão muitas) palavras, de fato, me pertenciam. E, por isso mesmo, foram deslocadas do livro, tornaram-se “fragmentos do amor que pode dar certo” e tranfiguraram-se num acreditar que “amar pode dar certo (para mim também)”. Sei que a estrada é longa e alguns se perderão no caminho. Mas tudo tem um preço. Sei que não desistirei. Como sei? Porque sei. Tenho fé. Ela dispensa provas. 

A página vai terminando e eu, encurtando as palavras. Quero parar na décima página. Dez é um bom número. Torna-se Um, Mago, Alfa e, no fim dos ciclos, torna-se o próprio Ômega. Pois tudo termina onde começa. Não há em cima nem embaixo. Há apenas. E sei que estou contido nesse todo inexplicável. Todos somos um. Somos um todo. Absoluto. Mágico. Energético. Infinito. Amor.

(Guilherme Ramos, 01/04/2011, 23h28. Não, não é mentira. É a mais pura... verdade.)
 
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