terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Colheita


Vem de antes da guerra, o sentimento que cultivo para nós dois.
A colheita vencerá a entressafra, as intempéries e todas as pragas.
Meus cuidados são os melhores: para o agora, o antes e o depois.
Minhas esperanças são mais fortes do que as lâminas das espadas.

Viver plantando você em mim e eu em você, tem sua vantagem:
É um cultivo prazeroso, romântico, dedicado e autossustentável.
Não há opção senão dedicar-se e até enfrentar alguma estiagem,
Mas no fim, não há tristeza: só há amor e carinho. Meigo, afável.

Toda e qualquer guerra tem seu fim. Não há quem lute sempre.
Morrem vilões, heróis, corajosos, covardes, enfim, morre gente.
Não há exceção que subjugue a temida regra: está vivo? Morre!

Mas nossa colheita resiste. Renasce. Cresce. Firme. E sobrevive.
Saciando a fome de dois amantes - eu e você - no mundo livre...
Nosso amor-livre está a salvo. Ele vive. Solto. Anda, voa, corre!


(Guilherme Ramos, 10/12/2013, 18h30.)

Imagem: Google.

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