terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Montanha


Dormi à sombra da montanha erguida entre nós.
A sensação de vazio só não foi mais estranha
Que acordar o pensamento-dor nas entranhas,
Ratificando que juntos, só estávamos mais sós.

A montanha ainda está lá. Completa. Intacta.
Não se move. Imóvel. Imóvel. Não se move.
Não se importa. Não se fere. Não se impacta
Com minhas investidas inúteis; rimas pobres.

À montanha, errada, resta apenas... esperar.
Ao errante, montam-se as chances de mudar.
Sem saber que seu destino já estava escrito.

E segue o ato, abstrato, o fato desconhecido,
Não lhe havia mais nada a ser concedido...
Só. Ser. Pária, estorvo, anjo caído, proscrito.

(Guilherme Ramos, 27/11/2013, 15h49.)

Imagem: Google.

0 comentários:

Postar um comentário

Sua participação aqui é um incentivo para a minha criatividade. Obrigado! E volte mais vezes ao meu blog...

 
;